Se tem um tipo de ingrediente que agrada a todos, são os frutos do mar, que estão presentes em muitas das receitas mais nutritivas das mesas brasileiras. Sejam eles peixes, moluscos ou crustáceos, sempre tem um tipo de preparo que se adapta até mesmo aos paladares mais exigentes.
Num país como o Brasil, com litoral tão extenso, e cheio de rios, sim, pois os frutos do mar também podem vir de rios, a quantidade e diversidade de frutos do mar atende boa parte do mercado interno e muitos itens são separados para exportação.
Para que você conheça de forma mais íntima esse universo, montamos um pequeno manual, explicando o conceito de frutos do mar, quais são seus tipos, dicas de como comprar, preparar e armazenar. Vamos lá!
Frutos do mar – uma fonte rica em nutrientes e sabor.
O que são frutos do mar?
Os frutos do mar são insumos que vêm diretamente do mar, e também são provenientes de água doce dos rios e lagoas, com capacidade alimentar.
Muitas pessoas se questionam se peixes se enquadram na categoria, se são considerados apesar de serem provenientes dos mesmo lugares. Os peixes são animais encéfalos e vertebrados, ou seja, possuem espinhas, e isso não se enquadra nas características dos frutos do mar.
Já polvos, lulas, ostras, mexilhões, lagostas, siris e tantos outros não possuem coluna vertebral, mesmo os que possuem uma carapaça ou casca protetoras são invertebrados. A expressão frutos do mar é proveniente da gastronomia e se refere aos moluscos e crustáceos.
Mas há que se considerar que existem muitos pratos na gastronomia que misturam frutos do mar com pescados, pois seus sabores são complementares, como caldeiradas, moquecas, feijoadas de frutos do mar, e todas essas iguarias levam peixes e frutos do mar.
Então apesar de não serem classificados como iguais, os peixes e frutos do mar são parceiros e caminham lado a lado na gastronomia, frutos do mar, e existem duas correntes, uma que diz que tudo que vem do mar são frutos dele, ou seja, os peixes estão inclusos. Mas há uma outra que separa as categorias, peixes são uma coisa, frutos do mar outra bem diferente.
Mas o que é importante ressaltar é que sejam de que corrente forem, os frutos do mar são uma fonte rica em nutrientes e sabor.
Diversidade de frutos do mar
No litoral brasileiro temos uma variedade grande de frutos do mar, mas fora do país também é possível encontrar outros tipos diferentes. Vamos ver suas espécies:
Crustáceos
De acordo com a classificação científica, os crustáceos são os seres marinhos (ou de água doce) que possuem uma carapaça e pernas articuladas. Nessa classificação encontramos o caranguejo, a lagosta, o siri, camarão, pitu, craca entre outros que são bem menos comuns.
Molusco
Já os moluscos são animais invertebrados, provenientes tanto de águas doces, como (em sua maioria) de águas salgadas, e possuem um corpo mole, e algumas vezes protegidos por uma casca. São eles as ostras, mexilhões, lulas, polvos e caracois.
Outros frutos do mar menos conhecidos
Apesar de fazerem grande figura nas gastronomia brasileira e internacional, esses frutos do mar não são encontrados com tanta facilidade, o que acaba elevando seu preço de mercado, e fazendo com que a culinária os utilize de forma mais rara. São vieiras, vôngoles, lagostins, navajas, picoroco e kamenote.
Benefícios dos frutos do mar para a saúde
Além de serem conhecidos pela sua carne macia e seu sabor extremamente agradável, os frutos do mar são famosos pelos benefícios que podem trazer à saúde quando corretamente consumidos. Por corretamente queremos dizer que venham de boa procedência, sejam corretamente preparados e sem adição de muita gordura.
Os frutos do mar são excelentes fontes de ômega 3, 6 e 9, e auxiliam no combate de várias doenças cardiovasculares, diminuição dos níveis de colesterol e triglicerídeos, além de serem extremamente benéficos para o sistema imunológico. São ricos em vitaminas dos grupos A, B, D e E, e em minerais como iodo, potássio, cálcio e zinco, além da vitamina B12, riboflavina, niacina e tiamina.
Diferença entre peixes e frutos do mar
Vamos agora levantar a questão que incita a curiosidade de muita gente, que é se peixes são ou não considerados frutos do mar. Bem, uma vez que peixes são provenientes de águas salgadas e doces, deveriam ser considerados frutos do mar, certo?
Não exatamente. Os pescados não fazem parte do grupo que é chamado de frutos do mar,
Cuidados com o consumo de frutos do mar
Para quem é grande fã de frutos do mar é bom saber de algumas particularidades, para poder apreciá-los de forma saudável. Quem tem problemas com altas taxas de ácido úrico e gota deve consumir com moderação, pois os frutos do mar são ricos em substâncias que elevam as taxas.
Procure consumir frutos do mar provenientes de fontes conhecidas, de cultivos extensivos como fazendas marinhas ou de água doce. A ostra em especial que muitas vezes é consumida crua deve ter um cuidado especial, é comprar e comer. Evite congelamento ou adiar o consumo para evitar o risco de se contaminar com bactérias.
Como escolher e preparar os melhores frutos do mar
Uma máxima que envolve tanto peixes quanto frutos do mar é para comprá-los preferencialmente frescos, já que nem sempre o processo de congelamento é bem feito e conservado. As características que devem ser observadas iniciam pelo cheiro. Tem que ter cheiro de mar.
Frutos do mar com cheiro ruim, sem brilho, com a casca solta não estão frescos, e como esse tipo de produto é bastante perecível, não devemos comprar se possuírem uma dessas características. Ostras que não se abrem com a ponta da faca também não estão frescas, é melhor evitar.
Existem muitas maneiras de preparar frutos do mar, muitas vezes com massas e em risotos. Mas um bom vinagrete de lula, polvo ou mexilhões também tem o seu valor. Moquecas com frutos do mar são muito apreciadas nos quatro cantos do país, e caldeiradas de frutos do mar, que levam peixes, são um dos pratos mais pedidos em restaurantes típicos. Com insumos frescos e de qualidade a imaginação pode trabalhar a seu favor e o céu é o limite!
